O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, desafiou nesta quarta-feira (25) opositores a entrarem com moção de desconfiança para derrubá-lo caso queiram impedir o Brexit até 31 de outubro – prazo de retirada do Reino Unido da União Europeia.
Em seguida, o líder do Partido Trabalhista e principal opositor do primeiro ministro, Jeremy Corbyn, rejeitou forçar novas eleições antes de tentar adiar novamente o Brexit.
“É muito simples: se você quer eleição, vamos conseguir um adiamento e vamos ter eleições”, respondeu Corbyn.
O porta-voz do Partido Nacional Escocês, Ian Blackford – outro ferrenho opositor de Johnson –, foi além e pediu a queda do atual primeiro-ministro antes de promover novas eleições.
Retorno do Parlamento
A declaração de Johnson ocorreu na primeira sessão do Parlamento do Reino Unido após a Suprema Corte declarar ilegal o fechamento parlamentar feito pelo primeiro-ministro com autorização da rainha Elizabeth II.
Os parlamentares ficaram 16 dias sem sessão – a última havia ocorrido em 9 de setembro. A medida foi considerada autoritária pelos parlamentares, que a viam como uma manobra às vésperas do Brexit.
Antes que a Casa fosse fechada, os parlamentares ainda conseguiram aprovar um projeto de lei contra a saída sem acordo em 31 de outubro.
Na prática, o projeto força o premiê a pedir uma extensão do prazo caso nenhum acordo seja fechado até o dia 19 de outubro. Johnson afirmou, entretanto, que não pediria adiamento de prazo.
Via G1