Dmitry Kiselyov, um dos aliados do presidente russo Vladimir Putin e um dos principais nomes para propaganda no Kremlin, fez declarações diretas ao Reino Unido na televisão estatal da Rússia. No programa de TV, ele ameaçou o governo de Boris Johnson, que envia armas e oferece treinamentos para soldados ucranianos.
“Para quê ameaçar a vasta Rússia com armas nucleares quando a sua ilha é tão pequena?”, disse o apresentador. As palavras de Dmitry vieram após declarações de Liz Truss, ministra de Negócios Estrangeiros do Reino Unido, afirmando que o conflito da Ucrânia poderia escalar para uma guerra mundial, caso as armas nucleares estivessem em “estado de alerta”.
It's Sunday night in Russia which means that state TV's Dmitry Kiselyov is talking about Russia using its nukes
This time, with the help of a terrifying cartoon, he claims that "one Sarmat missile is enough to sink the British Isles" (with subs) pic.twitter.com/NqbQfkm6rX
— Francis Scarr (@francis_scarr) May 1, 2022
Tal situação poderia preparar a OTAN, que conta com o Reino Unido como um dos membros, a uma retaliação, o que ocasionaria o temido conflito global.
“Parece que estão delirando nas ilhas britânicas”, insinuou Dmitry Kiselyov, que fez uma uma ameaça: “A ilha [Grã-Bretanha] é tão pequena que apenas um míssil [intercontinental] Sarmat é suficiente para submergir todo o território britânico de ‘uma vez por todas'”. “Já foi tudo devidamente calculado.”
O apresentador chegou a citar Boris no programa: “Um único lançamento, Boris, e não haverá mais Inglaterra”. No programa de TV, Dmitry chegou a mostrar “opções”. Uma delas seria um ataque submarino, que “submergiria o Reino Unido até as profundidades do oceano”. O drone submarino nuclear Poseidon tem a capacidade de, segundo o apresentador, “atingir o seu alvo com uma profundidade de um quilómetro à velocidade de 200 quilómetros por hora”.
E também lembrou que “não há maneira de pará-lo”. “A explosão do torpedo termonuclear na costa britânica causará um tsunami gigantesco”, explicou Dmitry, alertando também para as “doses extremas de radiação”, o que faria das ilhas britânicas um “deserto radiativo”, tornando-as em um ambiente inabitável “por muito tempo”.